Património Arquivístico: preservação de informação e construção de identidade
- 2005
- 18 páginas
Um dos aspectos surpreendentes desta era da informação é que os arquivos – essa informação única pertinente para qualquer povo – é o menos conhecido e o menos compreendido e, por consequência, o menos bem utilizado de todos os recursos informativos. Os arquivos constituíram sempre os instrumentos de base da administração, por consequência, eles testemunham políticas, decisões, procedimentos, funções e actividades. Em virtude do seu carácter oficial e do seu estatuto jurídico, eles representam as fontes de informação mais seguras e mais completas relativas às instituições e ao seu papel na sociedade.
Actualmente, o alargamento das administrações públicas e de outras instituições, contribuiu não só para o crescimento exponencial da quantidade dos documentos de arquivo, como foi também acompanhado pelo desenvolvimento de novas tecnologias e da sua aplicação para criar e utilizar arquivos. Novos suportes de informação integram a herança documental, mas estas invenções criaram problemas de acesso, de conservação, de controlo material e intelectual particulares, em virtude da fragilidade de suportes. Além disso, a introdução progressiva da tecnologia electrónica obriga os arquivistas a trabalhar com o menos permanente dos suportes e transforma o modo como as instituições funcionam relativamente aos métodos de criação, de recepção, de utilização, de conservação, de orientação e de eliminação da informação dos documentos de arquivo.