CEPESE CEPESE | CENTRO DE ESTUDOS DA POPULAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE

Regularidade e civilidade nas vilas e cidades luso-brasileiras: uma contribuição ao estudo dos espaços públicos

Marcelo Almeida Oliveira
2011
16 páginas

Especialmente a partir da segunda metade do século XVIII, planejaram-se assentamentos urbanos para serem “comunidades-modelo”. Essas comunidades visavam a estimular novos comportamentos com o sentido de europeizar indígenas e outros moradores acostumados aos sertões. Nessas circunstâncias, o planejamento foi utilizado como instrumento de controle político-administrativo para forjar noções de autoridade, ordem, regularidade e civilidade em diversas regiões do Brasil. Os conjuntos concebidos, de uma maneira geral, promoviam centralidades, estabeleciam diretrizes de ocupação do solo, induzindo a ocorrência de alinhamentos e enquadramentos perspetivos no espaço urbano. Nessa época, nada era mais apropriado a um governante do que abraçar a causa pública. Ficou patente a noção do ordenamento global, difundida nas principais cidades e vilas coloniais. Isso nos leva a balizar e a compreender o surgimento dos Jardins Botânicos e dos Passeios Públicos na realidade brasileira, nos finais do século XVIII e nas primeiras décadas do XIX. Nessa conjuntura, os Passeios surgem como lugares modernos que representaram aspirações de um novo tempo.


Palavras-chave: vilas e cidades coloniais; comunidades-modelo; espaços abertos; vilas planejadas; século XVIII