A Emigração na Freguesia de Santo André da Campeã 1848-1900
Quais as razões que levaram os homens a deixar a sua terra, a sua família, as suas raízes para se lançarem num mundo desconhecido, por terras de além-mar? O que é que terá levado estas gentes a tal demanda? Terá sido o espírito aventureiro de um povo o que o lançou nesta aventura, desde o século XV? Será consequência directa de conjunturas políticas, sociais e económicas? Terão sido problemas familiares os que obrigaram estas gentes a procurar essas terras desconhecidas? Quem emigrava? E porque razão?
Se estas questões, por si só, nos merecem uma reflexão crítica no sentido de compreensão dos condicionalismos que poderão ter obrigado tal fluxo, é também importante inserir a emigração no âmbito mais restrito da paróquia e da família. É neste contexto que se pretende situar o presente estudo através dos movimentos migratórios da paróquia de Santo André da Campeã e as consequências da emigração para o império do Brasil, num período compreendido entre 1848 e 1900, procurando analisar-se, em torno das várias questões apresentadas, a emigração regional e local, a partir das direcções que a emigração portuguesa tomou a partir do século XIX.