além de suas actividades profissionais de diplomata de carreira, foi sempre um militante da causa cultural e artística, dedicando-se às artes
cénicas (actor, director e autor), ao cinema (documentarista) e à fotografia (premiado em concursos nacionais). Serviu em postos diplomáticos em Buenos Aires, Genebra, Washington, Barcelona e Marrocos, além de chefiar a Divisão de Difusão Cultural e mais tarde, o Departamento Cultural do Itamaraty. Foi embaixador do Brasil junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa. Em todos esses postos, dedicou-se sempre à promoção das artes e da cultura brasileiras, sobretudo da música e da poesia em língua portuguesa, proferindo palestras, escrevendo textos e organizando recitais. Em 1998 lançou o CD duplo Mãos Dadas, onde interpreta poetas de todos os países de língua portuguesa e, em 2005, gravou o álbum Manuel Bandeira: o poeta em Botafogo, contendo 50 poemas interpretados por ele e pelo próprio poeta, enriquecidos pela música de Camargo Guarnieri. Em 2008 lançou um CD duplo onde interpreta 120 poemas de Marly de Oliveira, a grande poetisa brasileira falecida em 2007, com música original de Pedro Braga. Criou também o grupo Solo Brasil para apresentar o que há de mais representativo na música brasileira do século XX.