Diferenças sintomáticas, neuropsicológicas e sociodemográficas em idosos com doença de Alzheimer e idosos com depressão
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Envelhecer tende a envolver problemas como a depressão e perdas cognitivas. É nesta fase tardia da vida que o idoso pode adquirir a noção de incapacidade e limitação (Aalten et al., 2008; Fontaine, 2000; Marchand, 2001; Rosenberg et al., 2010; Rosness Barca y Engedal, 2010), noção que pode ser maior com as sucessivas alterações causadas pela demência (Rasking, 1998), e que pode implicar um risco acrescido de desenvolver depressão (Beck, Rush, Shaw e Emery, 1997; Davim, Torres, Dantas e Lima, 2004; Stella, Gobbi, Corazza e Costa, 2002). Os próprios episódios depressivos são vistos como fatores de risco para o desenvolvimento posterior do processo demencial (Rasking, 1998). A depressão leva provisoriamente a uma alteração das funções cognitivas, dificultando o diagnóstico diferencial entre depressão e demência (Fleck et al., 2002). Estudos desenvolvidos nesta área concluíram que 50% dos indivíduos com depressão evoluíram para um quadro demencial (Rasking, 1998) e que a relação existente entre demência e depressão era recíproca e pronunciava-se de diferentes formas (Stoppe, 1997). Resumindo, o diagnóstico diferencial entre depressão e demência é complicado pelo défice cognitivo presente na depressão e pelos sintomas depressivos comuns na demência. Assim, a diferenciação sintomática reveste-se de grande importância nesta distinção (Aalten et al., 2008; Bryant, 2000; Rasking, 1998; Rosness et al., 2010). O objetivo deste estudo consiste em verificar quais as diferenças sintomáticas, neuropsicológicas e sociodemográficas entre a doença de Alzheimer (DA) e a depressão em idosos.