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Uma “Capela Dourada” e outra por dourar”: o caso das Ordens Terceiras do Recife e da Paraíba.

Ivan Cavalcanti FilhoMaria Berthilde Moura Filha
2012
26 páginas

Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão, cronista da província de Santo Antônio do Brasil, refere os anos de 1696 e 1704, respetivamente, para situar a fundação das capelas da Ordem Terceira de São Francisco, nas cidades de Recife e da Paraíba, atualmente denominada João Pessoa. Ambas foram edificadas em posição perpendicular à nave da igreja conventual, no lado do Evangelho, com a qual se comunicam através de um amplo arco, repetindo uma solução que foi recorrente nos conjuntos Franciscanos do Nordeste do Brasil. Robert Smith empregou o termo “capela dourada” para se referir àquela dos terceiros do Recife, devido ao seu revestimento em talha, cuja ênfase decorativa invade todo o espaço litúrgico. Esta foi resultado de diversas etapas de obras, transcorridas ao longo da primeira metade do século XVIII, época em que os terceiros da Paraíba também investiam na decoração de sua capela, nunca concluída, que permaneceu “por dourar”. A similaridade entre os dois espaços definiu o objetivo da presente comunicação: uma análise comparativa, enfocando a organização espacial destas capelas e demais partes que integram os conjuntos edificados dos terceiros do Recife e da Paraíba.


Palavras-chave: Ordem Terceira, “capela dourada”, liturgia, arquitetura, artistas