A expansão européia oitocentista: emigração e colonização
- 2007
- 28 páginas
Colonização e emigração representam dois fenômenos essenciais à compreensão do processo histórico vivenciado pela humanidade no século XIX, e constituem duas faces de um mesmo movimento que tem suas raízes profundamente fincadas no terreno fértil da industrialização dos países europeus. No fundo, todos os motivos elencados pelos historiadores e demógrafos no afã de explicar os dois movimentos têm um substrato comum, em sua dimensão econômica (a expansão industrial e a concentração do capital); social (o crescimento demográfico e a marginalização social); política (o elã nacionalista e a insurgência revolucionária); ideológica (em bate entre as correntes do liberalismo, tradicionalismo e socialismo); e, até mesmo, no nível científico e cultural (teóricas racistas e atração do ignoto). Os Impérios coloniais constituídos na modernidade são o fruto da expansão comercial e marítima, que resulta da crise de crescimento inserida na transição da sociedade feudal à capitalista. Outra é a natureza dos movimentos populacionais
do século XIX, sobretudo considerados a partir dos anos 1870, momento em que o capitalismo alcança sua maturidade ao celebrar a supremacia financeira em relação a todas as demais formas de acumulação, instaurando a fase que os intérpretes clássicos cognominaram por imperialismo.