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Azulejaria de fabrico coimbrão em Misericórdias da região centro: os casos de Mangualde e Pereira

Diana Gonçalves dos Santos
2011
20 páginas

A difusão dos azulejos saídos das oficinas coimbrãs no século XVIII ocupa a mancha central do território nacional, tendo como clientela preferencial a Igreja. Com efeito, também as irmandades das Misericórdias realizariam encomendas para os seus espaços sacros àquele centro de produção, servindo-se das potencialidades do azulejo para transmitir os valores da sua missão assistencial. Os exemplos dos núcleos azulejares das Misericórdias de Pereira (Montemor-o-Velho, Coimbra) e Mangualde (Viseu), embora revelando sensibilidades estéticas distintas – naturalmente advindas do hiato cronológico que os separa – coincidem não só na escolha do mesmo centro produtor, mas também na complexidade da construção dos programas iconográficos associados ao prospecto modelar de Fé que une ambas as instituições. Se, até à data, a ausência de documentação para a obra de azulejaria de Mangualde obriga a atribuições maioritariamente com base em aspectos técnicos e formais, novos dados surgiram sobre os azulejos de Pereira sobre a datação do conjunto e autoria.


Palavras-chave: Azulejos, Olarias de Coimbra, Misericórdias