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Da Oficina à Academia. A transição do ensino artístico no Brasil

Anna Maria Monteiro de Carvalho
2007
10 páginas

Vincula-se a oficialização do ensino artístico no Brasil, e sua conseqüente valorização como profissão autônoma e destacada na sociedade, à fundação, em 12 de agosto de 1816, da Real Escola de Ciências, Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro, sede da monarquia portuguesa desde 1808. Dirigida por Joaquim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa recém chegada à cidade por iniciativa do conde da Barca junto ao rei D. João VI (1816- 1826), a Real Escola tinha como objetivo desenvolver a aprendizagem artística, com o apoio de um instituto governamental teórico-prático e técnico-profissional. Passados quatro anos, e ainda sem funcionar, novos decretos mudaram seu nome para Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil e, em seguida, para Academia Real de Belas Artes. No entanto, seu começo efetivo dar-se-ia em 1826, sob a direção do pintor português Henrique José da Silva, com diversos artistas integrantes da Missão nomeados professores.