Uma obra-prima do “maneirismo” novecentista português
- 2007
- 8 páginas
O pavilhão Carlos Ramos, de Álvaro Siza Vieira, ocupa uma posição de charneira entre a estética herdada do Movimento Moderno e o advento de uma nova estética, no sentido da transformação que a linguagem de rigor adquiriu através de um formalismo decantado, pelas mãos de um dos seus últimos escritores.
Expressa-se com uma aparente tranquilidade que a leituras mais atentas se desfaz, ultrapassando a mera edificação para se instituir num manifesto edificado.
O edifício materializa-se numa rede complexa de ambiguidades, produzindo uma ilusão perfeita de conotações que apontam para certezas que não são mais do que a origem de dúvidas.