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Beneditinos e Franciscanos: convivência de invocações no espaço monástico beneditino português (Séculos XVII-XVIII)

Eva Sofia Trindade Dias
2013
26 páginas

A instituição da Congregação dos Monges Negros de S. Bento (1566) implementou um novo sistema administrativo que permitiu a estabilidade económica da Congregação e o início do processo de renovação artística, que estendeu-se pelos séculos XVII e XVIII. Além das intervenções a nível arquitectónico, este processo contemplou importantes alterações no património móvel, nomeadamente na pintura e imaginária.

O levantamento das invocações nos conjuntos monásticos beneditinos deixou patente a vontade dos monges negros em ter presentes santos franciscanos, representados sobretudo em escultura e localizados fundamentalmente em retábulos no corpo das igrejas. Esta presença, sem fundamento normativo, terá resultado de um conjunto de motivações e revela um diálogo invocativo que deixa transparecer a reverência dos beneditinos por alguns exemplos da espiritualidade franciscana e a sua preocupação em inspirar monges e fiéis no caminho da perfeição.


Palavras-chave: Congregação de São Bento; renovação artística; património móvel; invocações franciscanas