Confiança e democracia
- 2004
- 18 páginas
Nas sociedades actuais, marcadas por dois aspectos que desde a modernidade não deixaram de se acentuar, o individualismo e a divisão social do trabalho, a questão da confiança tem ganho uma crescente importância, na própria medida em que, como consideram os cientistas sociais, a confiança funciona como um mecanismo social fundamental, sem o qual não se estabeleceriam relações interpessoais e relações nas instituições. Isto porque, como veremos, o aumento do individualismo e da liberdade pessoal, assim como a especialização do trabalho, requerem a confiança. Mostraremos que as relações de confiança são próprias dos tempos modernos e das sociedades modernas desenvolvidas, aquelas que, precisamente, assentam numa maior liberdade individual e, por isso mesmo, numa maior abertura a acções possíveis.