Veiros, uma localidade da Mesa Mestral da Ordem de Avis, objeto de uma sentença de D. João III (1531)
- 2012
- 13 páginas
Neste artigo tivemos por objeto de estudo uma sentença outorgada por D. João III em 1531. O seu conteúdo versa uma questão jurisdicional em torno de Veiros. A mediação do rei era essencial no controlo das jurisdições senhoriais e concelhias, no caso concreto, num território que se encontrava sob a alçada da Ordem de Avis e do seu governador, D. Jorge. A nossa principal preocupação, para além de dar a conhecer os trâmites do processo, foi a de explicar a lógica da deliberação régia, influenciada pelo estatuto da localidade no âmbito da Ordem, pela cronologia do diferendo, altura em que as relações entre a coroa e as ordens militares se encaminhavam para um controlo total da monarquia, pela importância dos Mendonça de onde era originário o alcaide da fortaleza e pelo posicionamento geoestratégico de Veiros, o qual justifica a menção a questões militares. Este quadro de referências explica as razões pelas quais D. João III decide em favor do Mestrado e em detrimento do concelho.
- Palavras-chave: monarquia; poder local; concelhos; jurisdição; Ordem de Avis