O Estado Novo face à criação de Israel (1946-1953)
- 2013
- 16 páginas
Os emergentes movimentos de descolonização na Ásia, a democracia, o multilateralismo da ONU e o comunismo na Europa eram uma ameaça para o império português. Portugal procurou conter as ações descolonizadoras de Nova Deli nas suas províncias na Índia. Recorrendo a uma estratégia semelhante à Grã-Bretanha, Lisboa estava preocupada em obter algum apoio dos países muçulmanos ou, pelo menos, mantêlos neutros nesta questão. Contudo, o presidente do Conselho Oliveira Salazar criticava a atitude das políticas britânicas de dividir para governar; não fazia sentido que os britânicos recorressem ao auxílio muçulmano na Ásia, enquanto lutavam para manter as suas posições no Médio Oriente, especialmente no Canal do Suez. Apenas o peso da Santa Sé na política externa portuguesa coincidia o suficiente para, neste caso, Lisboa adotar as mesmas políticas do Vaticano. Israel, para os países católicos, ameaçava Jerusalém e os Lugares Santos e, como tal, não podia ser reconhecido.
- Palavras-chave: Portugal; Israel; Médio Oriente; Vaticano; Grã-Bretanha